quarta-feira, 30 de junho de 2010

A vida e poema dos autores

por: Raphael de Souza

Biografia Cecília Meireles

Órfã de pai e de mãe, Cecília foi criada por sua avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Como professora, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
Em 1919, Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectro, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
No ano de 1922, ela se casou com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. Seu marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Voltou a se casar, no ano de 1940, quando se uniu ao professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
Teve ainda importante atuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O mosquito escreve, entre outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a aliteração, a assonância e a rima.
Em 1923, publicou Nunca Mais… e Poema dos Poemas, e, em 1925, Baladas Para El-Rei. Após longo período, em 1939, publicou Viagem, livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.

Poema de Cecília

CANÇÃO DE OUTONO

Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.

De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...

Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
(Cecília Meireles)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Macunaíma - Capítulo IV

Por: Victor Baptista



"BOIÚNA LUNA"



" Macunaíma correndo da Capri passeia pelo Brasil e encontra um bacharel do século XVI. Neste encontro, há um irrealismo temporário. Nesta corrida ele perde a “muiraquitã”, esta pedra pode representar a identidade do brasileiro. No fim desse capítulo, ele reza para o Negrinho do Pastoreiro para ajudá-lo a encontrar a pedra e este lhe conta o destino da “muiraquitã”. Negrinho do Pastoreiro lhe conta que a pedra está com Venceslau que morava na cidade de São Paulo, num local aristocrático.
Macunaíma decide então, procurar a sua pedra que pertenceu a sua mulher. Vai com os irmãos e desce para o Rio Araguaia, vai ao Rio Tietê e até a cidade de São Paulo. Lá em São Paulo o dinheiro que ele trouxe era pouco e precisava trabalhar. Macunaíma fica triste com isso.
Nesta aventura, ele é assassinado perto do Mercado, e é ressuscitado por Maanape e fica a espera da vingança. Ele se disfarça de francesa e foi travestido para ver se roubava a pedra de Venceslau, mas apanha dele. "



meu comentário
O livro Macunaíma não é de uma leitura fácil. Tem uma narrativa complexa, com um registro lingüístico predominantemente coloquial, articula muitas referências culturais, históricas, geográficas. O livro também tem muitas partes com envolvimento folclórico ,o herói contracena com monstros por exemplo ,o que o torna um pouco engraçado,mas mesmo assim para entender tem que prestar bastante atenção.Como se percebe nesse trecho,Macunaíma precisa recuperar seu talismã ,e parte em busca dele .Como vimos também ele tentou fazer isso sozinho,se disfarçando para não ser reconhecido,mas neste caso nao foi feliz.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Macunaíma - Cap. 15

Por: Nathália Grandin

* A pacuera de Oibê :

"Morto Piaimã e reconquistada sua muiraquitã, Macunaíma, Maanape e Jiguê são novamente índios e resolvem voltar para o distante Uraricoera. O herói levava no peito “uma satisfação imensa”, mas não deixa de ter saudade de São Paulo. Tanto que levava consigo todas as coisas que mais o haviam entusiasmado na “civilização paulista”: um casal de legornes, um revólver Smith-Wesson e um relógio Patek. Um bando de aves forma uma grande tenda de asas coloridas que protegem o Imperador do Mato-Virgem. Nesta viagem de volta feliz, o herói teve novas aventuras amorosas, lembrando-se com saudade da vida dissoluta que levara em São Paulo: encontra-se com Iriqui (antiga companheira de Jiguê) e com uma linda princesa que tinha sido transformada num pé de carambola. Com sua muiraquitã, o herói faz uma mandinga e o caramboleiro vira “uma princesa muito chique”, com quem tem vontade de brincar, mas não pode, pois são perseguidos pelo Minhocão Oibê. Graças a uma nova mandinga, o herói transforma Oibê num cachorro-do-mato, de rabo cabeludo e goela escancarada. Como Macunaíma agora só queria brincar com a princesa, Iriqui fica tristíssima e sobe “pro céu, chorando luz, virada numa estrela”.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Macunaíma

Por: Raphael de Souza

Capítulo 14 *Muiraquitã*:



“No outro dia de manhã nem bem Macunaíma abriu a janela, enxergou um passarinho verde. O herói ficou satisfeitíssimo e inda esta ficando satisfeito quando Maanape entrou no quarto contando que as máquinas jornais anunciavam a volta de Venceslau Pietro Pietra. Então Macunaíma resolveu não ter mais contemplação com o gigante e matá-lo. Saiu da cidade e foi no mato Fulano experimentar força. Campeou légua e meia e afinal topou com uma peroba com a sapopemba do tamanho de um bonde. “ Esta serve” ele fez. Enfiou o braço na sapopemba, deu arranco e o pau saiu da terra não deixando nem sinal. “Agora sim que tenho força!” Macunaíma exclamou. Tomou a ficar satisfeito e voltou pra cidade. Porém não podia andar porque estava cheio de carrapatos.”



Minha opinião: Como se sabe Macunaíma, nada mais é que um herói. Ao visto nesse parágrafo, esse “herói” logo se dá por satisfeito, como um todo (quero dizer, que naquele momento foi o suficiente para ele dá o seu dia como um bom começo), pela vista de um pássaro verde (em minha opinião o significado de passarinho verde, nesse contexto, é um sinal de boa sorte), porém logo teve a insatisfação de receber a notícia impressa aos jornais “À volta de Venceslau Pietro Pietra”, assim nosso “herói” decidiu ir direto ao gigante e dá fim a essa história. Convencido que tinha que testar sua força, Macunaíma, foi até ao mato Fulano. Procuro até que encontrou algo pelo qual poderia testar a sua força, e comprovou o seu sentido à força! Ao voltar pra cidade, se deu conta que estava cheio de carrapato. A meu ver Macunaíma é cheio de si, ele acredita em si mesmo, mesmo ele sendo um pouco atrapalhado. Esse pequeno contexto, me provou que ele gosta de se garantir em sua força. E que sempre se da por satisfeito ao ver que o seu plano deu certo.