Vinicius de Moraes(Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.
Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.
Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.
Carreira artística
O início
No fim dos anos 1920, Vinicius de Moraes produziu letras para dez canções gravadas - nove delas parcerias com os Irmãos Tapajós. Seu primeiro registro como letrista veio em 1928, quando compôs (com Haroldo) "Loira ou Morena", gravado em 1932 pela dupla de irmãos. Vinicius teve publicado seu primeiro livro de poemas, O Caminho para a Distância, em 1933, e lançou outros livros de poemas nessa década. Foram também gravadas outras canções de sua autoria, como "Dor de uma Saudade" (composta com Joaquim Medina), gravada em 1933 por João Petra de Barros e Joaquim Medina, "O Beijo Que Você Não Quis Dar" (composta com Haroldo Tapajós) e "Canção da Noite" (composta com Paulo Tapajós), ambas gravadas em 1933 pelos Irmãos Tapajós e também "Canção para Alguém" (composta com Haroldo Tapajós), gravada pelos mesmos um ano depois.
Ainda na década de 1930, Vinicius de Moraes estabeleceu amizade com os poetas Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Em sua fase considerada mística, ele recebeu o Prêmio Felipe D'Oliveira pelo livro Forma e Exegese, de 1935. No ano seguinte, lançou o livro Ariana, a Mulher.
Declarava-se partidário do Integralismo, partido brasileiro de orientação fascista.
Mudança de fase
Nos anos 1940, suas obras literárias foram marcadas por versos em linguagem mais simples, sensual e, por vezes, carregados de temas sociais. Vinicius de Moraes publicou os livros Cinco Elegias (1943), que marcou esta nova fase, e Poemas, Sonetos e Baladas (1946); obra ilustrada com 22 desenhos de Carlos Leão. Atuando como jornalista e crítico de cinema em diversos jornais, Vinicius lançou em 1947, com Alex Vianny, a revista Filme. Dois anos depois, publicou em Barcelona o livro Pátria Minha.
De volta ao Brasil no início dos anos 1950, após servir ao Itamaraty nos Estados Unidos, Vinicius começou a trabalhar no jornal Última Hora, exercendo funções burocráticas na sede do Ministério das Relações Exteriores.
Em 1953, Aracy de Almeida gravou "Quando Tu Passas Por Mim", primeiro samba de sua autoria. Escrita com Antônio Maria, a canção foi dedicado à esposa Tati de Moraes -e marcava também o fim do seu casamento. Ainda naquele ano, Vinícus foi para Paris como segundo secretário da embaixada brasileira. Aracy de Almeida também gravou "Dobrado de Amor a São Paulo" (outra parceria com Antônio Maria), em 1954.
Vinicius de Moraes - Eu Sei Que Vou Te Amar
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
A cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar
E cada verso meu será pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu Sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar,
Mas cada volta Tua há de apagar
O que essa ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver a espera
De viver ao lado teu
Por Toda a minha vida.
Vinícius de Moraes - Pela Luz Do Os Olhos Seus
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é, meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus
Me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais larirurá
Pela luz dos olhos teus
Eu acho, meu amor
E só se pode achar
Que a luz dos olhos meus
Precisa se casar
Curiosidades
Na verdade, Vinícius de Moraes não foi músico, muito menos cantor. Por causa de suas parcerias com tais músicos e cantores, que musicaram seus poemas, é comum tomá-lo por músico, conhecidas as várias canções de sua autoria. O detalhe importante é que Vinícius não era um compositor, só letrista.
Aluno: Wanick Turma: 3001
Esse Blog, foi feito como um forma de trabalho. E vamos expor nele, durante o ano letivo de 2010, tudo o que aprendemos sobre literatura. Somos um grupo estudantil, e fazemos esse trabalho ao benefício do saber literario.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Biografia do poeta Murilo Mendes
Pelos alunos Romualdo Carvalho Jr. e Victor Baptista
Murilo Monteiro Mendes,era filho de Onofre Mendes e Eliza M. de Barros Mendes. Fez seus primeiros estudos em Juiz de Fora e depois, no Colégio Salesiano de Niterói.
Entre os anos de 1924-1929, apareceram seus primeiros poemas nas revistas modernistas, "Antropofagia" e "Verde". O poeta faz parte da chamada Segunda Geração Modernista. Seu primeiro livro, "Poemas", foi publicado em 1930, com o qual ganhou o prêmio Graça Aranha. No mesmo ano já saiu "Bumba-meu-Poeta" e, em 1933, "História do Brasil".
Até 1935, trabalhou como telegrafista e guarda-livros. Em 36 passou a exercer a função de Inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal e, dez anos mais tarde, assumiu o cargo de escrivão da 4ª Vara de Família do DF (então no Rio de Janeiro). Em 1947, casou-se com Maria da Saudade Cortesão, mas não tiveram filhos.
Escritor fértil, com publicações freqüentes: "A Poesia em Pânico" (1937); "O Visionário" (1941); "As Metamorfoses" (1944); "Mundo Enigma" e "O Discípulo de Emaús" (1945); "Poesia Liberdade" (1947); "Janela do Caos" (1949), na França, numa edição especial com litografias de Francis Picabia; "Contemplação de Ouro Preto" (1954);
Mudou-se para a Itália, em 1957, onde se tornou professor de Cultura Brasileira na Universidade de Roma e, depois, na Universidade de Pisa. A partir dessa época, sua poesia começou a ser traduzida e publicada na Itália, Espanha e também em Portugal.
Em 1968, saiu: "A Idade do Serrote", poemas memorialistas. Dois anos mais tarde, "Convergência". Em 1972, recebeu o prêmio internacional de poesia Etna-Taormina e publicou "Poliedro", No mesmo ano, veio ao Brasil pela última vez. Em 1973, saiu "Retratos-relâmpago".
Murilo Mendes, tem uma obra abundante, mas sem perder a qualidade, pois também é fascinante. Com imensa liberdade criadora e lírica, arrisca-se até no surrealismo. Começou pelo humor da poesia modernista, passando pelo catolicismo, o misticismo, o onírico e mesmo o insólito, sempre mantendo a plasticidade imagética. Até atingir uma objetividade que beira os fatos históricos, visto que apresenta paisagens carregadas de estilhaços e fragmentos da história. Sendo surrealista, precisa ser recomposto pelo leitor, para enfim, sem compreendido e querido.
Poema Canção do exílio
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá con certidão de idade!
(Murilo Mendes)
Murilo Monteiro Mendes,era filho de Onofre Mendes e Eliza M. de Barros Mendes. Fez seus primeiros estudos em Juiz de Fora e depois, no Colégio Salesiano de Niterói.
Entre os anos de 1924-1929, apareceram seus primeiros poemas nas revistas modernistas, "Antropofagia" e "Verde". O poeta faz parte da chamada Segunda Geração Modernista. Seu primeiro livro, "Poemas", foi publicado em 1930, com o qual ganhou o prêmio Graça Aranha. No mesmo ano já saiu "Bumba-meu-Poeta" e, em 1933, "História do Brasil".
Até 1935, trabalhou como telegrafista e guarda-livros. Em 36 passou a exercer a função de Inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal e, dez anos mais tarde, assumiu o cargo de escrivão da 4ª Vara de Família do DF (então no Rio de Janeiro). Em 1947, casou-se com Maria da Saudade Cortesão, mas não tiveram filhos.
Escritor fértil, com publicações freqüentes: "A Poesia em Pânico" (1937); "O Visionário" (1941); "As Metamorfoses" (1944); "Mundo Enigma" e "O Discípulo de Emaús" (1945); "Poesia Liberdade" (1947); "Janela do Caos" (1949), na França, numa edição especial com litografias de Francis Picabia; "Contemplação de Ouro Preto" (1954);
Mudou-se para a Itália, em 1957, onde se tornou professor de Cultura Brasileira na Universidade de Roma e, depois, na Universidade de Pisa. A partir dessa época, sua poesia começou a ser traduzida e publicada na Itália, Espanha e também em Portugal.
Em 1968, saiu: "A Idade do Serrote", poemas memorialistas. Dois anos mais tarde, "Convergência". Em 1972, recebeu o prêmio internacional de poesia Etna-Taormina e publicou "Poliedro", No mesmo ano, veio ao Brasil pela última vez. Em 1973, saiu "Retratos-relâmpago".
Murilo Mendes, tem uma obra abundante, mas sem perder a qualidade, pois também é fascinante. Com imensa liberdade criadora e lírica, arrisca-se até no surrealismo. Começou pelo humor da poesia modernista, passando pelo catolicismo, o misticismo, o onírico e mesmo o insólito, sempre mantendo a plasticidade imagética. Até atingir uma objetividade que beira os fatos históricos, visto que apresenta paisagens carregadas de estilhaços e fragmentos da história. Sendo surrealista, precisa ser recomposto pelo leitor, para enfim, sem compreendido e querido.
Poema Canção do exílio
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá con certidão de idade!
(Murilo Mendes)
Assinar:
Postagens (Atom)